sexta-feira, 13 de dezembro de 2013






   A audiência pública faz parte de uma programação prevista em lei teve a presença do Prefeito, de representantes do governo, do poder legislativo, executivo, forças armadas, políticos em geral, mídia, movimentos sociais, ONGs, universitários, interessados e do povo em geral.
   A proposta do evento que iniciou por volta das 20 horas seria abrir um canal de debate para tirar dúvidas da população e ascender elementos a serem considerados pelo IBAMA durante a avaliação da possibilidade de instalação do empreendimento. Porém, na prática, o que aconteceu foi um teatro cuidadosamente preparado para atender os requisitos legais sem risco à implantação do projeto.



Foto: Abertura do evento 
 
Foto: Pessoas chegando (1)


Foto: Pessoas chegando (2)

Foto: Pessoas chegando (3)

Foto: Pessoas chegando (4)

Foto: Hino Nacional (1)

Foto: Hino Nacional (1)

Foto: Manifestações à favor (1)

Foto: Manifestações à favor (2)

Foto: Manifestações à favor (3)

Foto: Manifestações contra, (1)

Foto: Manifestações contra, (2)
 
  
Foto: Manifestações contra, (3)

Foto: Manifestações contra, (3)

 
Foto: Engenheira Ambiental - UESC

Foto: Público em geral (1)

Foto: Público em geral (2)

Foto: Tecnóloga de Gestão Ambiental - Unopar

Foto: Público em geral (3)

Foto: Esclarecimentos sobre a dinâmica

Foto: Grupos Organizados presentes

Foto: a imprensa local (1)

Foto: a imprensa local (2)

Foto: Público em geral (4)

Foto: o Prefeito (1)



Foto: o Prefeito (2)  

      Foi tão notória quanto comentada a composição de uma mesa harmônica, que apesar de composta por diferentes instâncias e entidades, estava afinada e entrosada em um esforço claro de convencer os oposicionistas à implantação de que tanto os danos ambientais serão mitigados quanto a geração de emprego e renda será garantida. Dentro desta composição ficou claro para os mais atentos que a essência e a razão prevista na legislação foi cuidadosamente manipulada.


Foto: Público em geral (5)

Foto: a galera


    A essência da Pólis dissertada por Aristóteles, onde o interesse dos governantes firmava-se em benfeitorias para a comunidade parece ter sido vencida por uma política neoliberal de interesses privados e benefícios voltados a atender uma pequena, porém poderosa rede de interesses.
      O sentimento de que a implantação de um porto pode trazer benefícios para o estado é unânime, porém o foco da preocupação das pessoas contrárias à implantação é o local onde está sendo realizado o empreendimento. Localizado no meio do Corredor Ecológico Esperança-Condurú o empreendimento prevê impactos que vão desde impactos irreversíveis, extinção de espécies endêmicas e contaminação de fauna e flora periféricas, ou seja, uma agressão direta a áreas de conservação ambiental.



Foto: público geral (6)



    Casos como o da Natura foram citados por participantes, durante a rodada de perguntas, assim como outros onde os representantes públicos deram garantias de geração de emprego e renda que após a implantação dos projetos foram ignoradas, esquecidas.


Foto: população atenta

     A presença de muitas crianças foi um toque desumano sobre as condições de manipulação da população desassistida de Ilhéus. Em sua maioria devidamente uniformizadas com camisas e faixas de apoio ao Porto Sul, com os tickets alimentação nas mãos.


Foto: vale lanche



Foto: ...

Foto: Casa cheia, antes do intervalo (lanche)


Foto: formulário para perguntas

Foto: lanche (1)

Foto: lanche (2)



      A manipulação de povo desassistido ficou nítida, já que a massa uniformizada com camisas e faixas prontas com frases a favor da implantação do empreendimento foi embora após a pausa para o lanche. Outra demonstração efetiva da máquina neoliberal que compra com pão e circo o apoio necessário para manipular a lei.
      Aqueles que manifestaram opinião contra em sua maioria representantes organizados de áreas diretamente afetadas ou estudantes universitários com faixas feitas à mão.


Foto: Auditório pós lanche (1)

Foto: Auditório pós lanche (2)

Onde foi o pessoal pró Porto Sul depois do lanche?
 
Foto: Auditório pós lanche (3)

Foto: Auditório pós lanche (4)



      O evento por si marca mais uma vez a necessidade de uma revisão do modo de legislar, a necessidade da Moral e Cívica voltar aos currículos primários e aos órgãos públicos, desenvolver métodos mais efetivos de identificar os verdadeiros interesses da opinião pública, pois a manipulação da legislação tornou-se uma brincadeira simples na mão de poderes tão bem articulados e despreocupados com a ética e os bons costumes.
     O Problema central deixou de ser onde será instalado o Porto Sul, mas onde esquecemos nossa ética.